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21 de fevereiro de 2011

A ação do pensamento

compilado e adaptado por Bruno Padoveze
do livro 'Obsessão/Desobsessão' (1981) de Suely Caldas Schubert


Pensar é criar.
A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de imediato, no plano material.
Mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para esforço de continuidade, ou de extinção.

Libertação - meta principal de todos nós.
Objetivo final do homem, que aspira a ser livre para sempre. E nesse ideal de liberdade julga erradamente que irá encontrá-la em aventuras arriscadas e dispendiosas, sondando o cosmos, lançando-se ao espaço, na ânsia de conquistar o infinito.

Não descobriu até hoje que o infinito está muito perto.
Que o infinito é ele mesmo: o ser imortal e eterno, cujas potencialidades maravilhosas jazem adormecidas e inexploradas, formando um microuniverso quase totalmente desconhecido.

Há um universo em cada um de nós, aguardando ser descoberto.
E que guarda riquezas cósmicas que um dia nos tornarão "deuses".

Milhares de anos em que utilizamos nosso pensamento para o mal, para a destruição.
Milênios de dor e sofrimento. Séculos de experiências dolorosas.
Nossa colheita tem sido de pranto, para que nas fontes do sentimento dilacerado pudéssemos mudar o rumo do pensamento envolvido no mal.

Pensamentos viciados.
Mente subjugada à escravidão das paixões e instintos inferiores.
Caminhos que escolhemos por vontade própria.
Deixamos passar as oportunidades de modificar nosso clima mental e nos comprometemos cada vez mais com as energias negativas, que hoje nos cobram pesado imposto.

Os tempos estão mudando.
E desvenda-se diante de nós o processo de nossa libertação.
Aprendemos que a liberdade tem que ser conquistada com o empenho de todas as nossas energias e com o selo de nossa responsabilidade.

Liberdade e responsabilidade.
Para merecermos a primeira temos que assumir a segunda.

A todo momento recebemos ensinamentos novos sobre a importância de nossa atitude mental.
A verdade é que refletimos pouco a esse respeito. Não damos o devido valor à necessidade de selecionar as ondas mentais que emitimos e as que captamos.
E nisso reside todo o segredo, se assim podemos dizer, da existência humana.

Na qualidade do pensamento que emitimos, que cultivamos e que recebemos dos outros (aceitando-os ou não) está o "ministério" da saúde ou da doença, da paz ou do desequilíbrio.

O pensamento é mensurável, é uma força eletromagnética.
Mas, estando cientes disto tudo, ainda assim não damos a devida importância à ação do pensamento.

Ao conquistar o raciocínio, o homem adquiriu a consciência, a faculdade de estabelecer padrões morais.
Ao voltar-se para o seu íntimo, para o seu verdadeiro "eu", o ser humano tem sua consciência clarificada, plenamente lúcida, capaz de discernir com profundidade, de enxergar além dos limites físicos.
Isso traz clareza de raciocínio, consciência viva e atuante.
Mesmo não tendo cultura vasta, mesmo não sendo letrado, porque o discernimento independe de cursos.
A consciência acorda no homem a responsabilidade.

Diante disto tudo, é muito importante direcionar o nosso pensamento.
Não podemos permanecer indiferentes ante essa força que existe em nós, que expressa nossa própria essência.

Somos responsáveis pela qualidade dos nossos pensamentos.
Não nos basta barrar atitudes menos dignas, mas continuar permitindo que nas asas do pensamento elas se realizem.
Não nos é suficiente disciplinar o nosso próprio comportamento, mas continuar trazendo no íntimo o pensamento conturbado, que anseia pelas realizações que a consciência censurou.

Cabe-nos disciplinar as emoções e os pensamentos que defluem delas.
Mas essa disciplina deve ser fruto da compreensão. Da certeza do que é realmente melhor. É preciso querer gostar de atuar no bem e consequentemente de pensar no bem, e pensar bem.

Essa é uma trabalhosa conquista.
É fruto da reflexão, do amadurecimento interior. É filha da necessidade que todos temos de ser bons.
E ser bom é ter amor.
O amor é a necessidade primeira do ser humano, é o seu alimento, a vida que ferve dentro dele.
Por isso sofremos tanto quando nos afastamos do amor. Estamos assim, negando a nós mesmos.

O controle de nosso pensamento é de nossa exclusiva responsabilidade. E essa nova compreensão é decisiva em nosso destino.
De acordo com o que pensamos, serão as nossas companhias energéticas.
E esse é um notável ensinamento a todos nós.

Pelo pensamento desceremos aos abismos ou chegaremos às estrelas.
Pelo pensamento nós nos tornamos escravos ou nos libertamos.

Podemos, através do pensamento, transitar e sintonizar nas faixas vibracionais inferiores.
Ou, através da mudança de direção do pensamento para rumos nobres e construtivos, mudamos nosso padrão vibratório sob o influxo da mente, e nos afinamos com energias mais elevadas.

Essa mudança é uma questão de escolha. De seleção.

E só se chega a tal estado, a uma transformação dessa espécie, acionando-se uma das maiores potencialidades que existe no ser humano: a Vontade.

***

2 comentários:

  1. Oi Bruno, muito interessante este material. Ahh, se tivéssemos "VONTADE" ? O problema é que poucos colocam em prática o que alguns conhecem na teoria, mas a grande maioria vive uma grande ilusão, tentando achar a paz e a felicidade nas coisas materiais.
    Será onde nos enquadramos: práticos, teóricos ou iludidos ?

    Wlade

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  2. Bom, mas onde a história se encaixa nisso? quer dizer que por exemplo os indios, massacrados e exterminados pelos europeus durante 400 anos não tinham "vontade" ou não pensavam de maneira positiva? Nosso pensamento e nossas ações são parte de uma única coisa: o nosso corpo, onde não há separação entre corpo e mente!Para mim esse tipo de filosofia e a que o Edir Macedo prega não difere em nada, apenas pelo fato desta se apegar aos bens materiais...

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