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25 de novembro de 2010

Dinheiro é um pedaço de papel...

por Jim Marrs
tradução, adaptação e informações adicionais por Bruno Padoveze

Poder e riqueza andam de mãos dadas. Para determinar quem detém o poder, devemos olhar para quem detém o dinheiro.
Segue uma compreensão básica sobre o dinheiro propriamente dito.

O homem antigo não tinha necessidade de dinheiro. Ele caçava quando estava com fome, e cultivava e armazenava alimentos para o inverno. Mas, com o progresso da civilização, o trabalho tornou-se mais especializado. O fazendeiro que criava galinhas negociava um galo por um saco de tomates. E logo, isto se provou impraticável, especialmente para aqueles como o criador de ovelhas que não sempre podia levar seu rebanho ao mercado. Os seres humanos então, voltaram-se às moedas como medida de riqueza. Metais preciosos, principalmente o ouro, tinham estoque limitado, eram muito desejados, e facilmente transportados em forma de pequenas moedas impressas com palavras ou imagens para garantir sua genuinidade. Entretanto, pesadíssimos e grandes sacos de ouro eram um transtorno para transportar, sem contar o tentador alvo que eram para ladrões.

Então, a moeda corrente tornou-se de papel. Uma nota de papel nada mais era do que uma nota promissória a ser trocada por produtos ou serviços. Esse método funcionou bem por um período, mas aí, alguns indivíduos perceberam que dinheiro de papel poderia ser muito mais do que um simples "facilitador de escambo"... o dinheiro poderia ser usado para ganhar-se mais dinheiro!
Os ourives de antigamente, que armazenavam moedas de ouro, usaram seu estoque como base para emitir notas de papel. Já que era altamente improvável que todo mundo fosse querer pedir seu ouro de volta ao mesmo tempo, os ourives tornaram-se banqueiros, emprestando uma fração de seu estoque a outros, com cobrança de juros, visando lucro.
Isso se tornou conhecido como "fractional-reserve banking" - uma prática bancária que empresta aos seus clientes mais dinheiro do que realmente possui em seus cofres. Esse sistema funcionaria bem, a não ser que subitamente todos os clientes resolvessem querer seus depósitos de volta, ao mesmo tempo, causando uma crise bancária ("bank run").

Junto a esse sistema, surgiu o conceito de dinheiro de fiat ("fiat money"), onde o governo, através de lei ou decreto, autoriza a criação de notas de papel, sem nenhum produto ou valor real para sustentar essas cédulas. Um dos primeiros exemplos deste sistema foi descrito por Marco Polo, durante sua viagem à China, em 1275. O explorador italiano notou que o imperador forçava seus súditos a aceitar 'pedaços de papel preto estampados com um selo oficial' como dinheiro legal, sob pena de prisão ou morte. O imperador então, usava seu "fiat money" para quitar todas as suas próprias dívidas.

Comparem essa prática do imperador chinês ao texto do autor G. Edward Griffin:

"As pessoas sentem-se indignadas quando deparam-se com um relato como esse, que ocorria na China imperial. Porém, isso é exatamente a mesma prática que vem sendo executada por todos os Bancos Centrais da atualidade. As cédulas são impressas, adornadas com selos, imagens e assinaturas; falsificadores são severamente punidos; o governo paga seus gastos com essas notas; essas notas são produzidas em quantidades tão vastas que possivelmente o dinheiro em circulação de um só país deve ser equivalente a todos os 'tesouros' do mundo. E mesmo assim, elas não custam nada. Não há nada real sustentando esse dinheiro. Na verdade, nosso sistema monetário atual é quase uma réplica exata daquilo que os senhores da guerra se utilizavam séculos atrás".

Texto do autor William Greider, ex-gerente editor do jornal estadunidense Washington Post:

"A ilusão do dinheiro foi transferida para um novo objeto com o crescimento da demanda de depósitos - melhor conhecido como conta corrente... Levou gerações para que a população conseguisse superar sua desconfiança (natural, diga-se de passagem) para com os cheques. Mas, por volta de 1900 a maioria das pessoas já estava persuadida. Cheques pessoais, assinados pelos próprios compradores, começavam a ser aceitos como se tivessem o mesmo valor que as cédulas de dinheiro. A nacionalização da emissão de dinheiro apenas deu continuidade a esse procedimento, fortificando-se com a criação da Reserva Federal Americana (Fed) em 1913 e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1945".
"Um nova dimensão de confiança havia sido adicionada à ilusão. Por fim, a última estaca da ilusão do dinheiro havia sido arrancada: o padrão do ouro foi abandonado".

Atualmente, o dinheiro nada mais é, do que apenas números dentro de um computador, e acessado por cartões de plástico nos caixas eletrônicos.
Não há nada, nenhum bem material real que o sustente.
E mesmo assim, esse dinheiro ilusório é emprestado à população por instituições, mediante cobrança de juros.
Na proporção em que a quantia total de dinheiro cresce, seu valor diminui.
Isso chama-se inflação, que nada mais é do que uma taxa embutida no uso do dinheiro.

Os negociantes de dinheiro (bancos) projetaram um esquema tão intricado e de detalhes tão esotéricos para suas operações financeiras, que essa prática assumiu proporções de um culto, uma seita.

"Para mentes modernas, é difícil enxergar o Banco Central como uma instituição religiosa... mas é exatamente como ele funciona. Com seus misteriosos poderes de criação de dinheiro, herdado de seus ancestrais sacerdotais, selou-se um complexo combinado de significados sociais e psicológicos. Com sua poção secreta de encantamento, os bancos federais realizaram um apavorante ritual social, com transações tão apavorantes e poderosas que parecem ir além do mero entendimento popular. No final das contas, dinheiro é um ato de fé. Para criá-lo e usá-lo, cada um de nós, e todos nós, tivemos que acreditar. E só então, um inútil pedaço de papel adquiriu valor". - William Greider

O resultado de todo esse sistema é uma dívida imensa, em todos as camadas da sociedade. Os bancos estão em dívidas com seus clientes (que efetuam os depósitos), e o dinheiro dos depósitos é emprestado a outros clientes, o que deixa os bancos mais endividados ainda.
E a alguns desses bancos, como o FMI, é concedido o direito de ditar as políticas econômicas nacionais e mundiais, exigindo com que as nações endividadas quitem suas dívidas.

Este tipo de controle é um poder significante e muito real.

Até quando vamos continuar aceitando isso?

Uma ótima solução para isso é algo chamado CONTRIBUCIONISMO, idealizado pelo sul-africano Michael Tellinger.

Para aqueles que entendem inglês, procurem seus vídeos no YouTube.
Em breve vou legendá-los e disponibilzá-los em português.

Somos nós quem criamos a nossa realidade, com pensamento, intenção e AÇÃO!

Fiquem bem.

2 comentários:

  1. Quanto vale a liberdade
    Pra voces ela tem um preço
    Quanto vale a confiança, não quero esperar
    Não acredito no seu dinheiro
    Onde está o seu caráter
    Deve estar perdido em algum beco
    Horas você enlouquece e depois quer fugir
    Se refugia como um animal
    Dia após dia eu procuro ir em frente
    Vê se me entende, não há razão, não há razão
    Já não pode mais pensar
    Olhe para tudo como está
    Agora eu sei que não há preço mas me sinto acorrentado
    Dia aopós dia e não há razão, não há razão
    Quanto vale a liberdade?
    Quanto vale a liberdade?
    Não me importa eu vou em frente
    Não me importa eu vou em frente.
    Não.

    Quanto vale a liberdade - Cólera

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  2. Excelente Post. Assunto de suma importância. Assisti alguns documentários a respeito, todos em inglês (alguns com legenda, outros sem), mas não possuo mais os links, talvez os arquivos em algum HD velho.

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